sábado, 17 de abril de 2010

Uma reflexão sobre o Futebol Americano no Brasil




Na última década o futebol americano tem tomado conta de algumas cidades do nosso país. É assim, principalmente em cidades grandes como São Paulo, Rio de Janeiro e agora principalmente no ABC paulista.

Quando vi pela primeira vez um jogo de futebol americano tive a nítida impressão de ter nascido no país errado, pois acreditava que se nascido nos EUA teria chances de ser um jogador profissional.

Isso ocorreu na década de noventa, quando a rede Bandeirantes de televisão resolveu transmitir o Super Bowl, pois não sei se vocês, que lêem esse blog sabem, nesta época não existia TV a cabo ou melhor, a Tv a cabo era pra quem tinha muita grana e os vídeo games eram somente o Atari e o Odissey.

Como a maior parte dos leitores desse blog não tem a menor idéia do que era assistir um jogo na TV aberta sendo narrado pelo Luciano do Valle. Jogar videogame ainda nos seus primórdios e não ter comunicações por computador, pois os computadores usados eram chamados de XP e não PC, quero fazer uma observação que o mundo era bem mais restrito do que hoje.

Imagine um garoto de 19 para 20 anos assistindo no fim do século passado o seu primeiro Super Bowl? O 49ers com Joe Montana e Jerry Rice. Avançando e ganhando tudo. Fato que se repetiu em todas as vezes que assisti a um Super Bowl.

Foi paixão a primeira vista. Tanto pelo esporte quanto para o 49ers, time do meu coração até hoje.

Na última década, ou seja no inicio do século XXI, é que houve uma expansão no sistema de comunicação que possibilitou a Internet, a geração das TVs a cabo e os vídeo-games modernos como o Nintendo, o Play Station e o X-Box. Com isso houve também um “bum” nas transmissões do futebol americano no Brasil.

Hoje, ESPN e BandSports têm o direito de transmissão desses eventos e a cada dia o esporte é difundido com mais competência e mais conhecimentos pelos narradores e comentaristas que além de estudarem o esporte estudam também jogadas e formações, tentando passar para o expectador leigo ou não o mesmo ambiente vivido num jogo da NFL ou o ambiente vivido pelos expectadores norte americanos.

Logicamente que com a chegada das TVs à cabo em todas as capitais do país e nas grandes cidades do interior fez com que o futebol americano no Brasil ganhasse projeção e o que era reduzido a poucos praticantes, outrora conhecidos como loucos, passou a ser a paixão de muitos, de Norte a Sul, de Leste à Oeste, na grama ou na areia.

Vencidas as barreiras do pré-conceito em relação a difusão e a prática do futebol americano no Brasil, pois esta já é uma realidade, os apaixonados pelo esporte tentam galgar novos desafios para praticarem o seu esporte.
Este desafio é a compra de equipamentos adequados para a pratica saudável e segura de um esporte outrora confundido com violento e que na passa de um esporte de contato. Este contato, que muitas vezes é confundido com violência, principalmente pelos leigos e críticos do esporte, na realidade não passa de um conjunto de regras muito bem determinados e esclarecidos aos seus praticantes.

Basta agora, os dirigentes e técnicos dos inúmeros times de futebol americano que existem no Brasil instruir corretamente seus atletas e as federações prepararem corretamente seus árbitros para que possam haver jogos com qualidade e lealdade. E ao poder público disponibilizar espaços para que o esporte seja praticado com segurança e infra-estrutura, além de facilitar o acesso aos equipamentos e só assim a prática do esporte que amamos, será uma realidade além da mera utopia que fez com que esses “loucos” adotassem e se apaixonassem por um esporte marcado pela intransigência de alguns.


Jairo Pereira Junior - 2010

terça-feira, 17 de março de 2009

A ORIGEM DOS NÚMEROS



Para descobrir sobre a origem dos números, precisamos estudar um pouco da história humana e entender os motivos religiosos desses criadores. Na verdade, desconhecemos qualquer outro motivo que tenha gerado os números.

Os historiadores são auxiliados por diversas descobertas, como o estudo das ruínas de antigas civilizações, estudos de fósseis, o estudo da linguagem escrita e a avaliação do comportamento de diversos grupos étnicos desde o princípio dos tempos.

Olhando ao redor, observamos a grande presença dos números.


Quanto mais voltarmos na história, veremos que menor é a presença dos números.


O Início do processo de contagem


Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo.


O homem começou a plantar, produzir alimentos, construir casas, proteções, fortificações e domesticar animais, usando os mesmos para obter a lã e o leite, tornando-se criador de animais domésticos, o que trouxe profundas modificações na vida humana.

As primeiras formas de agricultura de que se tem notícia, foram criadas há cerca de dez mil anos na região que hoje é denominada Oriente Médio.

A agricultura passou então a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e das fases da Lua e assim começaram a surgir as primeiras formas de calendário.

No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco.


No caso das pedrinhas, cada animal que saía para o pasto de manhã correspondia a uma pedra que era guardada em um saco de couro. No final do dia, quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa, onde, para cada animal que retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no final do dia sobrasse alguma pedra, é porque faltava algum dos animais e se algum fosse acrescentado ao rebanho, era só acrescentar mais uma pedra. A palavra que usamos hoje, cálculo, é derivada da palavra latina calculus, que significa pedrinha.

A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação.


Os talhes nas barras de madeira, que eram usados para marcar quantidades, continuaram a ser usados até o século XVIII na Inglaterra. A palavra talhe significa corte. Hoje em dia, usamos ainda a correspondência unidade a unidade.




Representação numérica


Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação.


A faculdade humana natural de reconhecimento imediato de quantidades se resume a, no máximo, quatro elementos. Este senso numérico que é a faculdade que permite reconhecer que alguma coisa mudou em uma pequena coleção quando, sem seu conhecimento direto, um objeto foi tirado ou adicionado, à coleção.

O senso numérico não pode ser confundido com contagem, que é um atributo exclusivamente humano que necessita de um processo mental.

"Distingüimos, sem erro e numa rápida vista um, dois, três e mesmo quatro elementos. mas aí para nosso poder de identificação dos números." História Universal dos Algarismos", Georges Ifrah.


Temos também, alguns animais, ditos irracionais, como os rouxinóis e os corvos, que possuem este senso numérico onde reconhecem quantidades concretas que vão de um até três ou quatro unidades. Existe um exemplo célebre sobre um corvo que tinha capacidade de reconhecer quantidades.

Curiosidade: Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na torre de observação de sua mansão. Por diversas vezes, tentou surpreender o pássaro, mas em vão: à aproximação do homem, o corvo saía do ninho. De uma árvore distante, ele esperava atentamente até que o homem saísse da torre e só então voltava ao ninho. Um dia, o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro e o outro saiu e se afastou. Mas o pássaro não foi enganado: manteve-se afastado até que o outro homem saísse da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com dois, três e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, foram utilizados cinco homens como antes, todos entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros quatro saíam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco, voltou imediatamente ao ninho.



Alguns símbolos antigos


No começo da história da escrita de algumas civilizações como a egípcia, a babilônica e outras, os primeiros nove números inteiros eram anotados pela repetição de traços verticais:


Depois este método foi mudado, devido à dificuldade de se contar mais do que quatro termos:
Um dos sistemas de numeração mais antigos que se tem notícia é o egípcio. É um sistema de numeração de base dez e era composto pelos seguintes símbolos numéricos:
Outro sistema de numeração muito importante foi o da Babilônia, criado a aproximadamente 4 mil anos.

Algumas das primeiras formas de contagem foram utilizadas com as partes do corpo humano, sendo que em algumas aldeias os indivíduos chegavam a contar até o número 33.



O ábaco


O ábaco, em sua forma geral, é uma moldura retangular com fileiras de arame, cada fileira representando uma classe decimal diferente, nas quais correm pequenas bolas.


No princípio, os sistemas de numeração não facilitavam os cálculos, logo, um dos instrumentos utilizados para facilitar os cálculos foi o ábaco muito usado por diversas civilizações orientais e ocidentais. No Japão, o ábaco é chamado de soroban e na China de suánpan, que significa bandeja de calcular.


O Sistema de numeração Indo-Arábico


Nosso sistema de numeração surgiu na Ásia, há muitos séculos no Vale do rio Indo, onde hoje é o Paquistão.

O primeiro número inventado foi o 1 e ele significava o homem e sua unicidade, o segundo número 2, significava a mulher da família, a dualidade e o número 3 (três) significava muitos, multidão. A curiosidade sobre os nomes do 3, não deve ter ocorrido por acaso.



Notas históricas sobre a atual notação posicional

Foi no Norte da Índia, por volta do século V da era cristã, que nasceu o mais antigo sistema de notação próximo do atual, o que é comprovado por vários documentos, além de ser citado por árabes (a quem esta descoberta foi atribuída por muitos anos).


Antes de produzir tal sistema, os habitantes da Índia setentrional usaram por muito tempo uma numeração rudimentar que aparece em muitas inscrições do século III antes de Cristo.
Esta numeração tinha uma característica do sistema moderno. Seus nove primeiros algarismos eram sinais independentes:

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

o que significava que um número como o 5 não era entendido como 5 unidades mas como um símbolo independente.

Por muito tempo, estes algarismos foram denominados algarismos arábicos, de uma forma errada.

Ainda existia nesta época a dificuldade posicional e os hindus passaram a usar a notação por extenso para os números, pois não podiam exprimir grandes números por algarismos.

Sem saber, estavam criando a notação posicional e também o zero.

Quando foi criada pelos hindús a base 10, cada dezena, cada centena e cada milhar, recebeu um nome individual.


Ao invés de fazer como hoje, de acordo com as potências decrescentes de 10, os hindus escreviam os números em ordem crescente das potências de 10 por volta do século IV depois do nascimento de Jesus Cristo. Eles começavam pelas unidades, depois pelas dezenas, pelas centenas e assim por diante.



Os hindus tinham acabado de descobrir o zero.


Porém, estas notações só serviam para as palavras e não para os números, mas reunindo essas idéias apareceram juntos o zero bem como o atual sistema de notação posicional.
Um dos primeiros locais onde aparece a notação posicional é um tratado de cosmologia denominado: Lokavibhaga, publicado na data de 25 de agosto de 458 do calendário juliano, por um movimento religioso hindú para enaltecer as suas próprias qualidades científicas e religiosas.



Notação Posicional


O sistema de numeração posicional indiano surgiu por volta do século V. Este princípio de numeração posicional já aparecia nos sistemas dos egípcios e chineses.
No sistema de numeração indiana não posicional que aparece no século I não existia a necessidade do número zero.

Notação (ou valor) posicional é quando representamos um número no sistema de numeração decimal, sendo que cada algarismo tem um determinado valor, de acordo com a posição relativa que ele ocupa na representação do numeral.

Mudando a posição de um algarismo, estaremos alterando o valor do número.


O zero foi o último número a ser inventado e o seu uso matemático parece ter sido criado pelos babilônios. Os documentos mais antigos conhecidos onde aparece o número zero, não são anteriores ao século III antes de Cristo. Nesta época, os números continham no máximo três algarismos.

Um dos grandes problemas do homem começou a ser a representação de grandes quantidades. A solução para isto foi instituir uma base para os sistemas de numeração. Os numerais indo-arábicos e a maioria dos outros sistemas de numeração usam a base dez, isto porque o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos das mãos de um indivíduo normal.

Na base dez, cada dez unidades é representada por uma dezena, que é formada pelo número um e o número zero: 10.

A base dez já aparecia no sistema de numeração chinês.

Os sumérios e os babilônios usavam a base sessenta.


Os indianos reuniram as diferentes características do princípio posicional e da base dez em um único sistema numérico. Este sistema decimal posicional foi assimilado e difundido pelos árabes e por isso, passou a ser conhecido como sistema indo-arábico.

Nosso sistema de numeração retrata o ábaco. Em cada posição que um número se encontra seu valor é diferente.




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

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